O que vem por aí: "Ritos de Passagem", de Chico Liberato


Na palestra de lançamento do livro "Dramaturgia em Série de Animação", falou-se sobre um dos atuais desafios da animação nacional: sair dos guetos, ter alcance e importância como produto econômico e cultural.

Por um lado, para alcançar tais metas, seria preciso, teoricamente, a produção de obras com temas mais universais. Por outro, é fato que a animação brasileira não é tão conhecida nem mesmo dentro do país. E, talvez, projetos que falam de nós mesmos podem ajudar na construção de uma identidade nacional de animação.

E, não necessariamente, falar sobre o Brasil seja ignorar temas universais. Brasil Animado 3D é um road movie pelo país, mas se sustenta pela amizade de dois personagens de personalidades extremamente opostas, um dos plots mais tradicionais da narrativa. Assim parece ser em Lutas, animação de Luis Bolognesi, que usa a história do Brasil como o contexto de uma grande saga romântica.

Será o caso de Ritos de Passagem, do cineasta e artista plástico Chico Liberato?

Liberato é um pioneiro da animação na Bahia e seus filmes passam por temas importantes do Nordeste. Em "Ritos de Passagem", pega dois personagens essenciais do imaginário do sertão. Eles acabam de morrer e através dos seus ritos de passagem (nascimento, juventude para a idade adulta, morte e transcendência), fazem uma auto-análise das próprias escolhas.

É o cenário brasileiro para falar de um tema muito universal: quais serão as consequências dos meus atos em vida?

A produção é da Pipa Filmes

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